.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A questão religiosa na política social



“Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo”, Dom Helder Câmara

* Roney Moraes

A religiosidade (não se pode negar) tem um papel fundamental no que diz respeito às questões sociais concretas na atualidade. É comum, principalmente no movimento católico, membros da igreja engajados em atividades de militância política com objetivo de melhoria da sua comunidade eclesial de base.
Diante desse ponto de vista, a Teologia pode ajudar as outras ciências destinadas à pesquisa do comportamento humano, seja individual, como na psicanálise, ou no coletivo, como na sociologia.
Sendo, ainda hoje, a instituição mais confiável para a maioria dos que professam a fé, na igreja, as reuniões para ações que visam a política como representatividade nas esferas de poder, tanto no executivo quanto legislativo ecoam nas catedrais e nas construções protestantes mais modernas.
Isso não é uma crítica. É uma constatação apenas. A igreja, que está inserida na sociedade de maneira especial e fervorosa, não pode e não deve ficar fora das questões que implicam mudanças legais e executivas para com seus fiéis. Portanto, igreja, política e sociedade estão ligadas através da militância sóbria e sadia. Mas, sem dúvida, há aproveitadores em todas as esferas e é necessário identifica-los para que as ações da igreja realmente afetem, ou seja, mudem para melhor a sociedade.
É comum membros de a igreja fazerem parte de associações, como de moradores, e ampliarem assim a capacidade de atendimento e ações de ambas as entidades para o bem comum do ambiente onde as duas exercem suas esferas de influência.
Na igreja, por exemplo, há uma mediação para promover o bem comum. É na eucaristia que os abismos que separam os homens por classes sociais deixam de existir como um “milagre”.
O processo que envolve o ambiente propício para a discussão de questões políticas e sociais dentro da igreja, dentro da igreja, apesar de tudo, não é fácil, mas há aqueles que persistem em agir, mesmo contrariando uma minoria fundamentalista (que cresce a olhos vistos), em prol da maioria.   

* Roney Moraes é jornalista, cronista, psicanalista, bacharel em Teologia, mestre em Filosofia da Religião e doutorando em Psicologia Pastoral.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home