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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dr. Jacinto


“Te desejo. Quero te levar pra cama. Fazer você suar, tremer. Quero ver você delirar. Te espero! Assinado: A gripe”.


Agamenon Mendes Pedreira que me desculpe, mas Cachoeiro de Itapemirim tem o seu Dr. Jacinto Leite Aquino Rêgo. Ele, atualmente, não está mais atendendo na terrinha da Bianal Rubem Braga porque foi promovido. De simples exterminador de próstatas alheias passou a dar (com trocadilho, por favor) aulas na região metropolitana na Faculdade de Medicina de Novo Orifício, quer dizer, Horizonte, na Serra. Lá os alunos gostam de aprender as técnicas na prática.
Dr. Rêgo, como gosta de ser chamado, foi o pioneiro a introduzir o exótico “exame reto-furicular” em adolescentes. O resultado foi um arrombo, ou seja, um estouro. Leite, quando acabou a análise clínica, foi para todo o lado se lambuzando de felicidade, mas como tudo que é bom, dura pouco, seu orgasmo cirúrgico foi interrompido pelo paciente que saiu correndo após a revolucionária consulta analógica.
As recentes e profundas pesquisas de Dr. Jacinto Leite não agradaram alguns senadores que imediatamente foram ao seu laboratório em Novo Orifício, quer dizer, Horizonte para sabatiná-lo com requintes de sado-masoquismo. Ele adora!
Os políticos vorazes fizeram de tudo, até chamar o seu avantajado colega de quarto para que ele confessasse. Tudo em vão. De repente algo inesperado aconteceu. Quando os representantes da CPI (Comissão do Pirulito Infantil) lhe mostraram a foto do Itabira (monumento fálico símbolo sexual de Cachoeiro) Dr. Jacinto lembrou da dura e enorme infância que teve e dos traumas de beira de rio e de pique esconde com os amigos. Recordou também de sua adolescência em Guaçui. Não é à toa que os índios Puris denominaram a região de Rio Veado.
Acabou confessando tudo. Fez pós-graduação na Universidade de Boston em pisico-procto-urologia-reto-furicular. Praticou tanto que consulta os pacientes sem usar as mãos. Um fenômeno como diria o jogador Ronaldo do CUrinthians.
Se o método nada convencional do médico fosse um tira-gosto, poderia ser batizado de “Punção Farofa”, aquela que todos querem passar a lingüiça. Mas isso não vem ao caso, aliás, caso Dr. Aquino não terá um bom tempo, exceto com seus colegas de dormitório.
Dizem que quando era menor, ele e seus amigos brincavam de salada mista quando Serjão (o maior do grupo) disse: “João beije minha mão, José beije meu pé e Jacinto... Por que se afastas de mim?”
Contudo, e põe tudo nisso, Dr. Jacinto Leite Aquino Rêgo do Espírito Santo vai ficar um bom tempo em Novo Horizonte (agora acertei de primeira). O problema é a formatura. Todos sabem que essas “faculdades” capacitam seus estudantes ainda mais para o trabalho... Forçado, redondo e sujo, diga-se de passagem.

segunda-feira, 21 de junho de 2010


“O ideal é ter opiniões de esquerda, atuar como de centro e comer sempre como de direita”, Ed Motta.

Casteglione não é 10 é 11

Onde o PSB vai o PT vai atrás. Esse é o trem da alegria do momento. No lançamento oficial da candidatura do socialista Renato Casagrande ao governo do estado do Espírito Santo, o petista Carlos Casteglione estava lá torcendo e aplaudindo, mas, com um detalhe: o clima de copa do mundo era visível ao ilustre cachoeirense ausente de sua cidade para prestigiar o evento na capital do estado.
O senhor prefeito não vestiu o vermelho, preferiu a amarelinha. A camisa do Brasil até que lhe caiu bem no meio de tantos outros sisudos políticos que garantem ter dupla cidadania (uma chinesa e outra norte-coreana) na hora de compor a chapa com os peles vermelhas. Um bando de pelegos que nessas horas se declaram descaradamente fãs de Dilma Rouseff e que ideologicamente não entendem bulhufas de socialismo.
Se me disserem que alguns militantes de siglas nanicas andaram “comendo criancinhas” para parecer que são autênticos bolcheviques, mando imediatamente alertar o senador Magno Malta, porque é pedofilia. Se bem que PMDB, PV, PR, PDT, PCdoB e PT também figuram na lista de apoiadores da campanha de Casagrande e apesar de alguns caciques, posso até concordar que esses partidos têm algo com a bandeira ideológica esquerdista.
Apesar disso, tenho minhas dúvidas e razões para ficar com o pé atrás sobre alguns coadjuvantes que querem compor a nova gestão palaciana. Não se fazem mais socialistas como antigamente, e isso é fato! Todos, sem exceção, não passam de discípulos do cantor Ed Motta, que recentemente, em entrevista a uma revista, disse que “o ideal é ter opiniões de esquerda, atuar como de centro e comer sempre como de direita”. Me digam se alguém desse grupo teria coragem de dividir o que tem. Pode ser até um com o outro mesmo. Não. Aí seria sociedade empresarial. A cara da direita.
Mudando de pau pra cavaco, o certo é que o PSB puxa a fila desta vez e por isso quem impressionar melhor o cabeça de chapa terá mais chances de conquistar espaços importantes. A meu ver o PT saiu na frente, especialmente o cachoeirense Casteglione, que ilustrou bem o clima de “Maria vai com as outras” do encontrão. Ele foi com a camisa da seleção com o número 11. E como diz o Pit Bicha: “é um atrás do outro!”

domingo, 13 de junho de 2010

A taça do mundo é nossa


“Se eu for flagrado com mulher feia apartheid porque é cachaça!”, Agamenon.


Não só a da copa, mas as dos botecos também. Imaginem se eu for tomar uma pinga a cada gol do Brasil contra os militantes do PCC (Partido Comunista Coreano), não vou ficar bonito, aliás, vou sim, porque se acho mulher feia linda quando estou “alto”, imagine minha alto-imagem... Até a foto no cabeçalho da coluna é um “pão”. Simpático esse cara!
Mas, voltando ao que interessa, vamos ao líquido precioso. Um jogo do Brasil sem cerveja gelada e churrasco não é jogo. Agora, seria interessante quando a partida começar às oito horas... Serei obrigado a acordar cantando a música da banda Ojeriza, sucesso no fim dos anos 80: “não vou tomar café nem escovar os dentes, vou de água ardente...”
Mesmo com a geladeira lotada de Antártica (notem que de maneira nenhuma mencionei o guaraná antes da marca) uma coisa me preocupa. Ninguém conhece a equipe da Coréia do Norte. Só sabemos que são comunistas e querem fazer a bomba atômica, mas isso é de menos. Se bomba ganhasse partida o Irã seria penta, os Estados Unidos hexa e a União Soviética estaria na final, afinal, acabou.
Eu, se não fosse brasileiro torceria, sinceramente, para a Coréia do Norte. Em meio a esse falido mundo capitalista, cheio de neoliberais corruptos e imperialistas, nada mais justo dar alegria a quem pensa no coletivo. O povo de lá só pensa nisso. A vida é farta. Farta ônibus, farta arroz, farta palitinho e principalmente, farta futebol.
Para dizer que não falei das flores vou revelar, em primeira mão, a escalação da enigmática equipe vermelha que vem tirando o sono de muita gente, principalmente dos marinheiros da Coréia do Sul. Só para saber, a informação é sigilosa e graças a KGB (Komitê Gaúcho dos Baitolas) tive acesso irrestrito aos anais das informações confidenciais, então vejamos alguns dos principais nomes dessa seleção comedora de criancinhas.
Coréia do Norte: Pedro Ernesto Fagundes Chan (capitão), Nivan Barina Cheng (zagueiro), Marco Antônio Adriano Chung (meio), Almir Forte Kung (centroavante), Yuri Gagari Fu (atacante). Técnico Ronaldo Barbosa Ping e auxiliar Joênio Dessaune Pong. Massagista Walgno Careca Ming – o impiedoso.
Com esse time, fatalmente o Brasil vai golear. Pois é, como já disse, a taça do mundo é nossa e do garçom também.

sábado, 12 de junho de 2010

O Maquiavel de Mimoso


O Maquiavel de Mimoso

“A Política do Caos” é o título da obra em que o jornalista Valdemir Christófori, residente em Mimoso do Sul, revela os conchavos, estratégias, acordos e muitas outras artimanhas utilizadas pelos políticos brasileiros para se perpetuarem no poder. É uma obra que merece destaque.
De Mimoso do Sul ou em qualquer parte do estado, o leitor pode se transportar para outras localidades do Brasil onde ainda há o sistema de voto de cabresto e até mesmo políticos profissionais, ou seja, em 100% do território nacional.
O autor utiliza citações de Maquiavel, no qual este humilde articulista o compara de uma forma moderna, uma vez que revela a crua realidade das práticas políticas adotadas nas prefeituras, câmaras, assembleias, congresso e até no Palácio do Planalto deste país.
Além do italiano do século XVI, Valdemir inicia sua obra com a célebre frase de Edmund Burke: "Para o triunfo do mal basta que os bons façam nada". Daí o destaque deste artigo para o livro pequeno, mas cheio de ideias originais.
Basta uma breve folheada e o leitor se depara com um verdadeiro “manual” do político moderno. Não há um só capítulo que não se possa comparar com um legislador ou membro do executivo próximo a você.
Quando se trata de política todas as forças da natureza se rebelam contra os autores e não foi diferente com Chistófori. Um mandatário da cidade até sugeriu que ele recolhesse alguns exemplares doados a amigos. Ainda bem que foi uma “sugestão” não obedecida pelo jornalista. Só faltava mandar queimar como se fazia por volta de 1515,
quando Maquiavel, o verdadeiro, ainda falava sobre os principados.
Insistindo no assunto, “A Política do Caos” é um autêntico manifesto de quem acompanha durante anos os malabarismos partidários nas metrópoles e principalmente no interior, onde se observa que o caos é generalizado e manipulado. Pois é, os políticos conseguem, de certa forma, “organizar” o caos e utilizá-lo em benefício próprio.
Para fins eleitoreiros vale tudo, até se beneficiar da desordem do sistema, ou seja, como diz o autor “quanto pior estiver mais fácil para se chegar ao poder”.
De fácil leitura a primeira edição impressa esgotou em poucas semanas, mas o livro, “A Política do Caos” pode ser baixado em PDF no site www.christofori.com.br.