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quinta-feira, 24 de julho de 2008

EI, AL CAPONE VÊ SE ME ORIENTA


Vivemos no meio de uma guerra, a guerra contra o álcool. Eu já me prontifiquei a ajudar. Há vários anos, com um grupo de amigos, decidimos que iríamos acabar com todas as bebidas alcoólicas da Terra, só que essa nova lei de Eliot Ness e “Os Intocáveis” estão prejudicando nosso trabalho.A nova lei seca brasileira é uma das mais rígidas do mundo. Como vamos salvar a humanidade se o limite legal agora é somente um chope? E a saideira? O jeito é imitar Al Capone.O Scarface, depois desrrespeitar a lei seca foi nomeado o homem mais importante do ano, junto com Mahatma Gandhi e Albert Einstein. Não é tentador? Mesmo assim é perigoso. Quem conhece a história desse safado sabe do que estou falando. Mas há males que vem para o bem.Reunindo os prós e os contras até que seria uma ótima idéia imitar Al, pois não poderão me condenar por sonegação fiscal, afinal faço declaração de isento todo o ano.

A Festa dos bichinhos (uma fábula da Capital Secreta)

“O sol nasce, a bicicleta anda, o lobo uiva e o urso panda”.

Capítulo I - Era uma vez três bichinhos que sempre andavam juntos, o elefantinho branquinho, o joãozinho de barro e o sangue-suguinha. Onde um ia os outros acompanhavam. Certo dia, a bruxa malvada saiu do palácio onde morava no centro do reino com seus anões do orçamento e prendeu os bichinhos na torre mágica que fazia chover.
- Socorro! – gritaram o elefantinho, o sangue-suguinha e o joãozinho de barro.
Num piscar de olhos apareceu um velho mago, que apesar de idoso fazia truques interessantes como desviar coisas e controlar a natureza como ele queria.
- Acalmem-se animaiszinhos. Vou salva-los! Esperem só um pouco para eu concertar a varinha – prometeu o idoso mago.
O prestidigitador pegou uma cola e colou a varinha, depois sacudiu e PAC! Apareceu um ônibus lotado de dinheiro que foi desviado para construir uma escada e tirar o mamífero, o passarinho e o vermezinho da torre malvada.
Para completar o feitiço, o ilusionista fez a torre desaparecer e os bichinhos viveram felizes (por um tempo) nadando no dinheiro que restou da compra da escada.

Capítulo II
- Passados três meses desde o incidente com a bruxa malvada do palácio, em que o velho mago teve que desviar uma verba para comprar uma escada e salvar os bichinhos presos na torre mágica que fazia chover, nossos heróis (o elenfantinho branquinho, o joãozinho de barro e o sangue-suguinha) agora estão de lados opostos, pois hoje é o dia da eleição na floresta.
Cada um fazia sua campanha para se tornar o novo rei da selva quando o leão, que é da PF (Polícia Florestal), chegou e acabou com a festa dos bichinhos.
- Suas candidaturas serão impugnadas – disse o leão com ar de autoridade.
- Mas o que eu fiz? – perguntou o elefantinho.
- O senhor é um enorme fanfarrão. Em vez de impedir a derrubada de árvores, vossa senhoria só causou estragos, e suas obras realizadas com material barato são de péssima qualidade, pois não duraram nem duas luas cheias.
Ouvindo isso, o elefantinho colocou a tromba entre as pernas e foi logo atrás do macaco-prego, seu advogado.
- Não pensem que esqueci de vocês dois. Senhor joão não faz nada e está com lama até o pescoço, já o senhor, senhor suga, tem que explicar de onde veio tanta verba para a campanha.
As denúncias contra os candidatos animais não paravam de chegar, até que o TFE (Tribunal da Fauna Eleitoral) resolveu intervir e implantar um colegiado participativo, onde todos poderiam discutir e opinar na política da mata.
Nem o velho mago, que outrora ajudou os candidatos, pôde interferir na vontade popular e um novo regime se instalou na floresta. Todos viveram felizes, mas a tartaruga viveu mais ainda...

O macaquinho feio
Um macaquinho pergunta à mãe:
- Manhê! Por que a gente é tão feio?
A mãe responde:
- Filho, você tem que agradecer a Deus por sermos assim... Você diz isso porque não viu a pessoa que está lendo essa piada!